O rojão que virou o jogo

O XV de Piracicaba está classificado para as quartas de final da Série A2 do Campeonato Paulista.
Teve drama, suspense e também mérito, mas não vamos nos enganar: a eliminação na primeira fase seria rotulada como fracasso. Com justiça.
Afinal, a diretoria investiu para subir. Não avançar, portanto, seria vexatório.
O XV conquistou hoje (30) o mínimo que dele se esperava, ou seja, a vaga que o credencia a disputar o acesso.
Daqui para frente, a obrigação é o esforço, pois tecnicamente as oito equipes são equilibradas. Imprevisível.
O campeonato agora é outro e os erros cometidos não devem ter influência no que vem pela frente. É hora de trocar o chip.
A sensação do quinzista que viu o jogo neste domingo é uma mescla de alegria e alívio.
Alívio pela classificação que veio após um primeiro tempo medíocre, apático, sem tesão de jogar bola.
Alegria porque o segundo tempo foi o melhor do XV na Série A2: brigou, correu e lutou, mas também jogou.
O primeiro tempo teve a cara de Filipe Cirne.
O segundo, teve o coração de Érison – que moleque batalhador, o melhor em campo!
Não dá para passar batido por Felipe Manoel: baita contratação.
Entre os dois tempos, no intervalo, dois fatos importantes foram registrados.
Evaristo Piza mexeu muito bem, leu o jogo com perfeição.
E teve a torcida. Fora do estádio, batendo contra o sofrido alambrado da rua Silva Jardim.
No intervalo, os jogadores escutaram o que os torcedores berravam.
E ouviram rojões que respingaram nos ouvidos de cada um como “estamos de olho” ou “honrem a camisa”.
Honraram. Marcelinho deu carrinho!
Pode dizer que estou louco, mas foi o rojão que virou o jogo.
Leonardo Moniz é editor de conteúdo do LÍDER
